segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Cipeiros combativos são alvos de ataques

Principais medidas são manter cipeiros afastados de outros trabalhadores, cortar salários e até demitir, desrespeitando a lei
Cipeiros de luta de nossa região têm sofrido graves ataques por parte das empresas. Os patrões usam todo tipo de armas para enfraquecer as CIPAS e tirar o poder de organização dos  trabalhadores dentro das fábricas. Uma dessas armas é justamente perseguir cipeiros, com atitudes como mantê-los afastados dos outros trabalhadores, impedi-los de fazer horas extras e cortar salários. Até mesmo na GM, onde a CIPA é uma das mais organizadas e combativas, há perseguição. No início do ano, por exemplo, o cipeiro Roberto foi impedido de fazer hora extra, justamente porque a chefia queria evitar que ele interferisse nos procedimentos. Para os chefes, a linha teria de rodar de qualquer jeito, mesmo que representasse riscos aos trabalhadores. O mesmo ambiente repressivo é encontrado na Prolind, nas Chácaras Reunidas, onde a prática do gerente Flávio é colocar os companheiros mais combativos em setores isolados, com pouco ou nenhum acesso aos trabalhadores. Exemplo disso foi o que a empresa fez com a cipeira Joseane, mantida em condições precárias de trabalho, isolada em um galpão sozinha por muito tempo, sem água, telefone e nem mesmo banheiro. “A Prolind faz isso porque tem  medo da força da organização de base. Mas, com certeza, essa postura não vai inibir a luta. Pelo contrário”, disse o diretor Ademir Tavares da Paixão. 
Demissão
A Rosemberg Domex, em Caçapava, demitiu, na última terça-feira, dia 29, a trabalhadora Leiliane. Uma clara tentativa de calar uma trabalhadora combativa, com estabilidade de emprego garantida por lei, já que está no período de carência da CIPA e foi a trabalhadora mais votada para integrar a comissão de PLR da fábrica. “A demissão é totalmente ilegal e acontece justamente quando estamos iniciando as discussões de PLR. Com certeza, o Sindicato tomará todas as providências para garantir a imediata reintegração da trabalhadora”, disse o diretor Edson Alves da Cruz. 
Saída e organização
Esta afronta das empresas contra os trabalhadores só revela o que todos já sabíamos: a presença de cipeiros classistas e de luta nas empresas incomoda os patrões. “Portanto, todos devem estar atentos e, nas próximas eleições da CIPA da sua empresa, preste atenção nos candidatos e vote naquele que realmente é comprometido com a categoria, e não naqueles que são apoiados pela chefia e, depois de eleitos, farão o jogo dos patrões”, disse o diretor José Donizetti de Almeida.

Texto extraído do Jornal do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos: http://www.sindmetalsjc.org.br/

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